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Gestão financeira: principais erros e soluções!

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A área financeira é uma das mais fundamentais da empresa, se não a mais importante. Afinal, ela concede algo básico para que qualquer outro setor funcione, para tornar o negócio verdadeiramente possível: os recursos financeiros. Diante disso, tudo o que ocorre na gestão financeira de um negócio é determinante para o seu presente e futuro.

Tentar manter uma empresa viva sem uma gestão financeira profissional, atualizada e qualificada é uma utopia. Com a competitividade crescente, inovações constantes e clientes mais exigentes, uma boa gestão das finanças é determinante, não apenas por seu objetivo imediato, mas também porque a saúde financeira de um empreendimento influencia em toda a sua perspectiva de ação nas demais áreas.

Entretanto, por se tratar de uma atividade complexa, envolvendo uma série de procedimentos, ferramentas e conhecimentos em articulação, mesmo equipes qualificadas e profissionais podem cometer equívocos. Isso acontece principalmente diante da pouca experiência, “correria” e medidas desesperadas.

Aqui nós vamos falar sobre esses erros que geralmente são cometidos na gestão financeira empresarial e como lidar com eles. Acompanhe e identifique se você percebe algum deles em seu negócio para erradicar o que está prejudicando as finanças da sua empresa. Neste artigo você irá encontrar os seguintes tópicos:

 

O que é gestão financeira?. 1

12 erros cometidos na gestão financeira empresarial e como lidar com eles. 2

1. Não conhece bem o próprio negócio. 2

2. Não ter uma boa gestão de custos na empresa. 3

3. Não ter um planejamento financeiro. 4

4. Negligenciar o controle do fluxo de caixa. 4

5. Má gestão do capital de giro. 5

6. Não fazer a gestão do estoque. 5

7. Falta de organização dos documentos fiscais e contábeis. 5

8. Não separar as finanças empresariais e pessoais. 6

9. Não ter uma estratégia de monitoramento, análise e avaliação dos resultados. 7

10. Qualificação insuficiente do gestor na área de gestão financeira. 7

11. Precificação inadequada de produtos e serviços. 8

12. Má gestão dos recursos humanos. 8

BÔNUS: Como a tecnologia pode ajudar na gestão financeira da sua empresa?. 9

1. ContaAzul 10

2. GuiaBolso. 10

3. Nibo. 10

4. QuickBooks. 10

5. NFe.io. 10

Os benefícios de uma gestão financeira eficiente para o negócio. 11

Maior previsibilidade. 11

Credibilidade no mercado. 11

Potencial para crescimento. 11

Organização e produtividade. 11

Conclusão. 12

 

 

O que é gestão financeira?

Gestão financeira é a atividade administrativa de uma empresa, que envolve um conjunto de procedimentos, metodologias e ações, com o objetivo de planejar, monitorar e avaliar todas as atividades financeiras do negócio. Portanto, é a área responsável por assegurar que o empreendimento tenha todos os recursos necessários para a sua manutenção, investimentos e expansão.

Sendo assim, a gestão financeira exige a aplicação de saberes estabelecidos na área, a fim de bem gerir os movimentos de entradas e saídas, além de fornecer informações sólidas para o desenvolvimento das atividades de outros setores, como estoque, logística e administração estratégica.

Nessa perspectiva, a gestão financeira é vital para o negócio, pois além de manejar os recursos que permitem que ele funcione, em todas as suas atividades, também contribui para os planejamentos e ações de outros setores, a partir de informações qualificadas. Portanto, uma boa gestão financeira é determinante para o sucesso de um empreendimento, assim como os erros cometidos nela podem ser complicadores relevantes, como demonstraremos a seguir.

12 erros cometidos na gestão financeira empresarial e como lidar com eles

Erros na gestão financeira empresarial são cometidos por diferentes razões. Em muitos casos eles são resultado da falta de entendimento da gestão sobre o assunto, dificuldade em aplicar conhecimentos adquiridos em cursos tradicionais de administração, ou mesmo em acompanhar as mudanças decorrentes das tecnologias e inovações no mercado.

Somado a isso, ou como razão principal, o que temos é uma realidade comum entre os empreendedores brasileiros: a correria e constante necessidade de improvisação. Muitas empresas já começam precisando lucrar e fornecer subsídios para a sobrevivência de uma família ou pessoa. Ainda, existem os casos em que se “pega o negócio andando”.

Nessas situações, falta o tempo para respirar, analisar o negócio e cuidar da sua saúde financeira. O problema é que isso poderá fazer com que ele não resista, pois cada vez mais as empresas se profissionalizam e, por conseguirem realizar uma boa gestão financeira, dentre outras ações de gestão impecáveis, conseguem oferecer melhorias ao cliente.

Portanto, é preciso rever a importância dada a esse setor e otimizá-lo. A seguir vamos apresentar algo que poderá te ajudar com um dos passos mais importantes para qualificar a gestão financeira da sua empresa: a identificação de erros e projeção de soluções. Quando sabemos o que está errado, fica mais fácil melhorar, certo? Então, vamos lá!

1. Não conhecer bem o próprio negócio

Em princípio, afirmar que uma pessoa não conhece o próprio negócio pode parecer absurdo. Contudo, infelizmente, isso é uma realidade em muitas empresas, assim como é a raiz de muitos dos problemas na gestão financeira que serão listados a seguir. É preciso entender que mesmo quem cria o próprio negócio pode não saber tudo sobre ele.

Um negócio vem, recorrentemente, de uma ideia, desejo, decisão entusiasmada, herança, dentre outras possibilidades. Entretanto, ele é sempre mais do que isso quando começa a funcionar. Uma vez concretizado, o empreendimento é parte de algo maior do que ele, pois está inserido em um mercado com concorrentes, clientes, contexto econômico, social e mais uma série de questões que o influenciam.

Isso exige, também, que ele seja reelaborado de acordo com todos esses fatores, com base em conhecimentos sólidos e atualizados, de acordo com as diferentes áreas que o envolve, dentre as quais está a gestão financeira. Sendo assim, para conhecer o próprio negócio é preciso mais do que criá-lo ou idealizá-lo: deve-se estudá-lo!

Esse conhecimento é fundamental para a boa gestão financeira, pois irá sinalizar caminhos para que ela seja realizada com eficiência. Por exemplo, faz diferença para determinar como será a gestão financeira, se o negócio tem como público-alvo clientes exigentes e dispostos a pagar “caro” ou clientes que buscam principalmente por preços baixos.

Muitos outros exemplos nesse sentido poderiam ser dados, contudo, acreditamos que já é possível compreender que a gestão financeira de um negócio é o que faz ele funcionar, mas o que determina a gestão financeira é o próprio negócio. Com isso em mente, existe uma ferramenta que auxilia bastante nesse processo de “autoconhecimento” do empreendimento, que se chama análise SWOT. A proposta dessa ferramenta é analisar 4 aspectos do negócio:

Strenghts (Forças)

Weaknesses (Fraquezas)

Opportunities (Oportunidades)

Threats (Ameaças)

Esses elementos funcionam como gatilhos para uma análise abrangente e aprofundada do empreendimento, de modo a identificar aspectos internos e externos que irão influenciar em todas as decisões e direcionamentos, principalmente no que diz respeito à gestão financeira. Essa análise também será uma auxiliar interessante para o planejamento estratégico, seja para elaborá-lo ou para otimizá-lo.

2. Não ter uma boa gestão de custos na empresa

Embora sejam tratadas como áreas específicas, a gestão de custos e a gestão financeira são interdependentes. Isso porque a gestão de custos é o que permite ao empreendedor saber todo o investimento necessário para o funcionamento da sua empresa, produção de mercadorias ou prestação de serviços.

Esse é o passo fundamental para ações básicas, como precificação e compreensão dos recursos viáveis para investir em espaço, materiais, equipamentos, recursos humanos e afins. Quando um produto ou serviço está custando mais do que a empresa recebe como retorno de sua venda, o prejuízo é certo.

Mas, como saber disso? É a partir da gestão de custos. Quando não se conhece os custos do negócio, consequentemente, não se sabe nada realmente dele, caminha-se no escuro. Mesmo quando as empresas não sentem o prejuízo da ausência dessa ação, elas provavelmente estão perdendo oportunidades.

O motivo é que uma gestão de custos eficiente também é fundamental para identificar oportunidades para investir, aumentar a margem de lucro, orientar tomadas de decisão estratégicas, dentre outras questões que contribuem para o sucesso do empreendimento. Contudo, mais do que conhecer os custos da empresa, é preciso fazer um bom gerenciamento deles.

Isso quer dizer não apenas registrar todos os movimentos financeiros do negócio, sem esquecer nenhum detalhe, mas também conferir sentidos para essas informações. Isto é, transformar informações em dados. Essa ação consiste em relacionar os custos identificados com outros fatores quantitativos e qualitativos, como produção, percepção do cliente e lucro.

Cabe lembrar que o levantamento de custos deve ser feito periodicamente, de modo a compreender todos os gastos, tanto os que são fixos e recorrentes, quanto aqueles que são sazonais ou pontuais. Tudo é importante, pois essa informação é determinante para saber se sua empresa está ganhando ou perdendo dinheiro e, por conseguinte, tomar as medidas necessárias.

3. Não ter um planejamento financeiro

Se a falta de uma boa gestão de custos faz com que a empresa caminhe no escuro, a falta de um planejamento financeiro faz com que ela caminhe sem rumo. Por se tratar de uma área vital, não basta que a gestão financeira seja um tópico do planejamento estratégico. É necessário que exista um planejamento específico para ela em articulação com o planejamento estratégico.

O motivo que torna o planejamento financeiro tão indispensável para a gestão financeira empresarial é porque ele determina os objetivos e metas desse setor, criados a partir das condições reais das finanças do empreendimento. Ações de crescimento ou redução de custos, por exemplo, dependem muito desse instrumento para que funcionem.

A partir dos objetivos e metas estabelecidos, outros elementos essenciais estarão no planejamento financeiro, como as ações para alcançar esses resultados, estratégias de acompanhamento e avaliação. Uma vez que essas ações contem com métricas consistentes e baseada em dados, a empresa sempre saberá se as medidas empreendidas realmente estão oferecendo o retorno esperado ou se existem transformações necessárias.

4. Negligenciar o controle do fluxo de caixa

Dentre os erros cometidos na gestão financeira relacionados à negligência de ações fundamentais, a falta de um controle efetivo de fluxo de caixa pode ser considerado o principal deles. Sem um fluxo de caixa funcional, sequer podemos falar em gestão financeira.

A premissa do fluxo de caixa é bem simples, envolvendo o acompanhamento diário de entradas e saídas do negócio. Contudo, apesar da simplicidade, é algo que precisa ser minucioso e preciso e, também, não pode se limitar a essa etapa do fluxo. Afinal, é preciso também avaliar essas entradas e saídas, inclusive conforme critérios e períodos selecionados, para que o fluxo de caixa seja mais do que uma ferramenta para conferir os saldos.

De modo geral, as etapas do controle de fluxo de caixa devem compreender:

O registro diário de entradas e saídas;

Análise diária e por período do saldo;

Projeção de pagamentos e recebimentos.

A partir dessas informações, outras ações são tomadas. Por exemplo, se há saldo positivo e elevado no caixa, deve-se deliberar sobre investimentos e aplicações para esse valor. Caso exista déficit no caixa, deve-se buscar uma solução para assegurar o capital de giro necessário, assim como realizar um diagnóstico para identificar o problema e solucioná-lo.

Esse é apenas um exemplo de como o controle de fluxo de caixa é fundamental para as finanças empresariais, mas é importante ressaltar que existe uma série de conhecimentos, cálculos e correlações sobre essa ferramenta que merece ser estudada e dominada pelos gestores de empresa.

5. Má gestão do capital de giro

O capital de giro é outro elemento básico para a saúde financeira do negócio, pois é ele que assegura a manutenção da empresa. A má gestão do capital de giro pode ter consequências muito graves, pois sua negligência pode se desdobrar em problemas com pagamentos, falta de recursos financeiros para lidar com situações críticas, acúmulo de pendências, endividamento, dentre outras questões.

Pesquisas já apontam que, dentre os principais motivos para o fechamento de empresas no primeiro ano, está a falta de conhecimento ou gestão eficiente do capital de giro. Portanto, é preciso que o gestor de empresas domine os conhecimentos e métodos para gerir esse recurso.

Para um esclarecimento inicial, podemos dizer que o capital de giro é o ativo circulante que permite arcar com os custos e despesas fixos e variáveis de uma empresa, tais como valores em contas bancárias, investimentos líquidos e todos os demais recursos que podem ser utilizados ou convertidos com facilidade para a manutenção do negócio e cumprimento de suas obrigações.

6. Não fazer a gestão do estoque

O estoque precisa ser encarado por toda empresa como mais do que um espaço com produtos armazenados. Ele é um elemento estratégico para as finanças empresariais e, quando negligenciado, gera prejuízos desnecessários, fora as oportunidades perdidas.

Os motivos pelo qual a ausência de um gerenciamento de estoque é prejudicial são diversos, e vão desde a perda de produtos ou materiais por má conservação, validade, depreciação, manutenção de espaço, dentre outras questões, até a estagnação de um capital que poderia estar entrando para a empresa, seja pelos produtos parados ou pela ausência de produtos demandados.

Por isso, o controle de estoque, por uma via, é fundamental para assegurar que a empresa tenha aquilo que o cliente deseja, para prestar um serviço mais rápido e qualificado. Por outra via, permite identificar o que está parado, de modo a criar uma estratégia para movimentar esses produtos e planejar compras que correspondam à real demanda dos clientes.

Para isso, é preciso pesquisa e acompanhamento, isto é: gestão! Outro ponto a ser considerado, que também se relaciona com uma boa gestão do estoque, diz respeito à negociação das compras. Uma gestão eficiente só é possível quando se tem fornecedores alinhados com os objetivos e modos de trabalho da empresa, assim como passíveis de boas negociações em relação a valores e entregas.

7. Falta de organização dos documentos fiscais e contábeis

O profissionalismo de um empreendimento tem como um de seus determinantes a sua organização em relação às documentações. Elas são importantes para a gestão financeira, pois estão relacionadas a uma série de procedimentos, como pagamento de contas e impostos.

Uma empresa que não organiza bem os seus documentos corre o risco de acabar atrasando contas, sem necessidade e, consequentemente, arcando com juros, dentre outros problemas. Em casos mais graves, certos pagamentos podem ser realizados mais de uma vez. Esses são apenas dois exemplos do que esse erro pode gerar, o que em síntese significa prejuízo de tempo e dinheiro.

Diante disso, a organização dos documentos da empresa deve ser contínua, sistematizada e ser realizada de maneira a facilitar o acesso às documentações necessárias sempre que preciso. Para isso, mais do que arquivos físicos, é indicado que se tenha também uma cultura de organização digital, a fim de facilitar os processos.

A organização dos documentos digitalmente, seja a partir de planilhas ou sistemas de gestão, permite visualizar dados importantes sobre eles de maneira mais ágil, facilitando a realização dos procedimentos que os envolvem.

Portanto, conforme cada tipo de negócio e as condições reais da empresa, deve-se criar medidas para assegurar que a organização das documentações tenha uma lógica, seja sempre imediata, segura e de fácil manutenção.

8. Não separar as finanças empresariais e pessoais

Esse é um erro clássico na gestão financeira, principalmente no caso de pequenas empresas e negócios, em geral, que contam com poucos colaboradores ou de administração familiar. Pode parecer bobagem para algumas pessoas essa separação, afinal, o dinheiro da empresa não é do dono dela? A resposta é não!

Pessoa física e pessoa jurídica são elementos diferentes e essa diferenciação deve ser encarada para além da burocracia. Ter uma conta específica para o negócio e uma gestão das finanças que compreenda a diferenciação entre os recursos do empreendimento e do empreendedor é fundamental, pois, dentre outras questões, isso irá influenciar nas modalidades de financiamento, empréstimos, taxas e na relação da empresa com bancos de modo geral.

Além disso, essa distinção demonstra que a empresa atua com profissionalismo e transparência. Ademais, as retiradas imprevistas de dinheiro em caixa podem prejudicar imensamente o negócio e, igualmente, a vida financeira do gestor pode se tornar caótica caso ele não tenha consciência do quanto realmente tem para investir em sua vida, e acabe, além de utilizando indevidamente o dinheiro da empresa, também contraindo dívidas pertinentes a ela.

Portanto, uma boa gestão financeira empresarial exige que o dono da empresa e todos os envolvidos com essa administração das finanças tenham consciência de que o dinheiro da empresa é da empresa. Isso não quer dizer que os donos, sócios e afins devam ficar sem pagamento ou esperar a distribuição dos lucros.

O ideal é que seja estabelecido um pró-labore, a ser previsto no planejamento financeiro da empresa, que consiste na remuneração dos donos, gestores e sócios que efetivamente trabalham na empresa. Dessa maneira, o planejamento financeiro torna-se mais assertivo e transparente, englobando uma remuneração que é pertinente ao negócio, mas sem comprometer outras ações de gestão das finanças.

Em paralelo, os envolvidos saberão o valor com o qual podem contar para investimentos e ações pessoais, assegurando a consciência sobre o próprio padrão de vida, o que é muito interessante para qualquer empreendedor.

9. Não ter uma estratégia de monitoramento, análise e avaliação dos resultados

Como em qualquer outro tipo de gestão, para que a gestão financeira seja efetiva é preciso mensurar se as ações empreendidas estão oferecendo os resultados esperados. A única maneira de fazer isso é a partir do monitoramento, análise e avaliação dos resultados. Nesse ponto, existem dois tipos de erros recorrentes.

Um deles é a completa ausência desse tipo de ação, isto é, não se tem qualquer mecanismo ou ferramenta visando avaliar os resultados obtidos, de modo que se permanece completamente no escuro sobre a efetividade da gestão das finanças. O outro tipo de erro é ter uma previsão de monitoramento, análise e avaliação dos resultados, mas de maneira ineficiente.

Isso ocorre quando os indicadores escolhidos para monitorar, analisar e avaliar não são assertivos ou não medem os aspectos mais importantes das finanças do negócio, conforme os objetivos e metas estabelecidos. Dessa maneira, acaba sendo um trabalho perdido, pois, no fim das contas, os resultados mensurados não dizem nada relevante para que se tenha uma visão realista da situação financeira da empresa, nem mesmo conduzem para as respectivas tomadas de decisão.

Diante disso, deve-se ter em vista o planejamento financeiro da empresa, de modo a verificar quais foram os objetivos e metas estabelecidos. A partir deles, deve-se analisar quais são os indicadores mais adequados para mensurar os resultados de cada ação, assim como os métodos e cálculos para avaliá-los. Somente com essas medidas será possível compreender se a gestão financeira está funcionando ou precisa de transformações.

10. Qualificação insuficiente do gestor na área de gestão financeira

É fundamental que, na empresa, a pessoa responsável pela gestão financeira seja devidamente qualificada para lidar com essa área. Igualmente, o dono da empresa e gestores principais precisam ter conhecimentos fundamentais em finanças. Isso é importante porque eles são tomadores de decisão, responsáveis pelos planos de negócios e planejamento estratégico.

A falta de conhecimento em gestão financeira poderá ter consequências graves para a empresa, pois sem esse saber, decisões e ações visando melhorias, crescimento ou soluções nesse sentido dificilmente terão efetividade. Além disso, pouco ou nada se poderá cobrar ou avaliar em relação à atuação da equipe e processos em relação aos impactos financeiros.

É possível verificar sintomas da falta de conhecimento em finanças em diversas empresas, quando os gestores tomam atitudes como: demissões arbitrárias para corte de gastos; ações para aumentar as vendas visando o aumentado do lucro sem análises minuciosas; promoções absurdas com grande redução de preços que acabam resultando em prejuízos para o negócio, dentre outras.

Isso acontece porque esses gestores apenas observam superficialmente ações comuns da concorrência, sem avaliar como o modo de gestão dela permite que ela tome essas medidas. Dessa maneira, acreditam imediatamente que o que funcionou para outros negócios, funcionará para eles.

Mas o fato é que sequer estão fazendo o mesmo que as suas “referências” fizeram, uma vez que em muitos casos as medidas empreendidas por outras empresas sejam pertinentes ao seu modo de gestão, planejamento e estratégias. Portanto, simplesmente repetir, não repete os resultados se as condições de ambos os negócios não forem idênticas.

Em contrapartida, quando os gestores são qualificados para a gestão financeira, conhecerão as metodologias, ferramentas, estratégias e ações mais adequadas conforme a realidade do próprio negócio. Saberão também quais são as medidas mais adequadas para avaliar o resultado das suas ações e, sempre que tomarem uma decisão, terão uma margem de segurança considerável de que o resultado dessas decisões serão os esperados.

11. Precificação inadequada de produtos e serviços

O preço dos produtos e serviços são estratégicos para uma empresa. Se ele é maior ou menor que o viável, os prejuízos serão sentidos de maneira direta ou indireta. Quando o preço é menor do que deveria ser, o prejuízo é evidente, uma vez que os recebíveis serão menores do que os custos de despesas.

Já quando o valor é maior do que o viável, o impacto é sentido nas vendas, na perda de credibilidade no mercado e a partir das reações de um cliente. O gestor precisa entender a maneira correta de precificar os produtos conforme o modelo de negócios, o posicionamento da marca, custos, despesas e projeções financeiras relacionadas à produção.

A partir de informações como essas, é necessário equilibrar esses elementos, de maneira que o preço do produto ou serviço atenda às expectativas dos clientes, seja compatível com o mercado, reflita o posicionamento da marca e seja capaz de gerar lucro. Portanto, a gestão financeira, seu planejamento e decisões serão determinantes para a precificação adequada dos produtos e serviços.

Não adianta colocar qualquer preço com base em informações superficiais. É preciso estudar como esses valores gerarão resultados para o negócio.

12. Má gestão dos recursos humanos

Principalmente por falta de conhecimento e apego a modos de gestão de pessoas já ultrapassados, muitas empresas têm prejuízos e desperdícios em uma área de difícil identificação: os recursos humanos. Mesmo empresas que têm um número reduzido de funcionários podem sofrer impactos relevantes dessa má gestão.

A gestão financeira se relaciona com os recursos humanos de diferentes maneiras. Primeiramente é preciso considerar todos os custos de um colaborador, desde o seu pagamento até tributos e taxas envolvidos. Uma vez que se tenha isso em mente, é possível perceber que contratar e demitir com recorrência não é interessante para nenhum negócio, principalmente demitir!

A rotatividade de trabalhadores pode ser um grande prejuízo para as empresas, no entanto, muitas vezes é ignorada pela gestão financeira, como se não fosse um assunto do interesse desse setor. Contudo, obviamente, como todos os setores, esse é um importante.

Para que os recursos humanos de uma empresa sejam bem utilizados e se justifiquem, é necessário que se tenha uma gestão de pessoas estratégica, que vise fazer com que os retornos dos colaboradores sejam condizentes com os custos que eles geram. Mas, outro erro comum das empresas nesse sentido é “enlouquecer” os colaboradores por produção, fazendo com que eles deixem a empresa, dentre outros problemas.

O melhor caminho não é esse. Em relação aos colaboradores, é importante levar em conta, em primeiro lugar, que a contratação deve ser pensada, planejada e idealizada. Em seguida, deve ser buscado nos lugares certos e da maneira certa, para que, então, a seleção já tenha exercido um filtro antes mesmo do primeiro contato com os candidatos.

Daí em diante, deve-se considerar, também, a necessidade de ser transparente em relação ao trabalho, pagamento e outros tópicos relevantes com o candidato preferido, de modo a confirmar o seu interesse, pois, como já ressaltamos, não é interessante a rotatividade para as finanças da empresa e, muito menos, colaboradores desmotivados e improdutivos.

Contudo, o trabalho para assegurar um bom retorno dos recursos humanos não acaba nunca. É preciso conhecer bem o perfil dos profissionais interessantes para a empresa e oferecê-los condições favoráveis para a permanência e produtividade no negócio. Isso engloba desde o clima organizacional a planos de carreira. Esse cuidado implica investimentos, mas também retornos interessantes para a empresa.

BÔNUS: Como a tecnologia pode ajudar na gestão financeira da sua empresa?

Como você pode observar, a gestão financeira compreende uma série de ações, ferramentas e metodologias que precisam ser aplicadas e cultivadas, de modo a manter a saúde financeira da empresa. São muitos números, dados, registros, análises e avaliações para fazer.

Mesmo pessoas com conhecimento em finanças podem se perder nessas ações devido ao seu volume, complexidade e precisão. Outra situação comum é que equipe e profissionais acabem despendendo várias horas de trabalho com atividades burocráticas ou mecanizadas, mas necessárias para a boa gestão financeira.

Atualmente, as empresas podem evitar sobrecarregar os recursos humanos com essas atividades, uma vez que existem diversos sistemas e aplicativos que auxiliam na realização dessas funções, reduzindo o tempo de trabalho e aumentando a precisão, organização e segurança dos dados.

Trouxemos algumas sugestões de aplicativos ou sistemas que podem ajudar a sua empresa a ter uma gestão financeira mais otimizada e sem erros. Confira a seguir.

1. ContaAzul

O ContaAzul é um sistema de gestão empresarial on-line, bastante completo, que apresenta diversas finalidades, e é fácil de usar. Criado principalmente para atender pequenas empresas, esse sistema de gestão centraliza variadas informações e ações da empresa em um único lugar: notas fiscais, boletos de cobrança, fluxo de caixa diário e mensal, contas a pagar e a receber, integração bancária e contábil, conciliação bancária, dentre outras. O serviço é pago, mas é possível testá-lo gratuitamente antes de uma decisão.

2. GuiaBolso

Um dos tópicos abordou a importância de que o empreendedor tenha uma boa gestão financeira, certo? Pois este é um aplicativo gratuito que pode ajudar com isso. O GuiaBolso é um auxiliar para o controle das despesas pessoais, que oferece funções como:

  • Visualização dos saldos de todas as contas bancárias em único lugar;
  • Categorização das despesas e organização automática dos gastos;
  • Planejamento de metas e dicas com inteligência artificial.

3. Nibo

Embora o seu uso não seja tão simples, o Nibo é um aplicativo interessante para promover a organização da empresa. Ele permite armazenar em um mesmo lugar documentos e informações importantes, como: pagamentos, recebimentos, compromissos financeiros, contratos, notas fiscais, fluxo de caixa, relatórios financeiros, controle de estoque, conciliação bancária, gestão de funcionários e telefones de clientes. Ele também conta com diferentes planos para adesão e teste gratuito.

4. QuickBooks

De fácil uso, o QuickBooks permite gerar fluxo de caixa completo, relatórios financeiros, gerenciar agenda de clientes, importar informações bancárias, criar orçamentos e faturas, dentre outras funcionalidades. É uma boa alternativa de sistema para a gestão financeira de maneira simplificada, contando com três alternativas de planos para assinatura e teste gratuito.

5. NFe.io

A partir desse sistema, você e sua equipe economizarão um tempo precioso na emissão e envio de notas fiscais para os clientes. O NFe.io proporciona a integração com meios de pagamento, fazendo com que o cliente receba automaticamente a nota fiscal em formato xml e pdf.

Além disso ele é integrável a algum outro sistema financeiro utilizado na empresa e oferece outros benefícios, como: cálculo automático de impostos, cadastro múltiplo de CNPJs, monitoração de prefeituras e dashboard com gráficos.

Os benefícios de uma gestão financeira eficiente para o negócio

Nos tópicos nos quais tratamos dos erros comuns na gestão financeira empresarial, assim como do prejuízo desses erros, as vantagens da ação correta também ficaram, no mínimo, implícitas. Diante disso, é importante reforçar que, mais do que evitar erros, uma gestão financeira eficiente traz muitos benefícios para o empreendimento. Alguns dos principais são:

Maior previsibilidade

Uma gestão financeira bem-feita faz com que um contexto dinâmico e cheio de surpresas se torne, basicamente, previsível. Isso é uma percepção que se passa a ter na gestão da empresa por um motivo muito simples: ela já está preparada para diferentes cenários.

Esse benefício está relacionado principalmente ao planejamento financeiro e aos estudos relacionados ao negócio, que permitem conhecê-lo melhor tanto internamente quanto em relação ao contexto no qual está inserido.

Credibilidade no mercado

Uma empresa com as finanças organizadas e bem geridas pode, com segurança, ser mais transparente, tanto com o mercado, quanto com os clientes. Dessa maneira, ela terá mais credibilidade diante deles.

Também contribui para a maior credibilidade, na perspectiva da gestão financeira, valores compatíveis com o negócio e sua entrega, remuneração adequada para os profissionais, ausência de dívidas, dentre outras questões.

Potencial para crescimento

Quando uma empresa tem uma gestão financeira eficiente, ela não apenas evita problemas, como abre caminhos para o próprio crescimento. Afinal, a gestão tem o potencial de organizar e otimizar o direcionamento das finanças da empresa.

Dessa maneira, conforme o seu desenvolvimento, haverá o momento de deixar de “resolver problemas” e pensar no futuro. Nessa situação a gestão financeira também será fundamental para direcionar os melhores investimentos, inovações, transformações, oportunidades de crescimento e afins.

Organização e produtividade

Outro benefício da gestão financeira para o negócio é seu reflexo na organização e produtividade. Devido ao montante de atividades, informações e documentos que ela envolve, uma má gestão financeira pode acabar gerando muito desperdício de tempo e dinheiro no negócio. Contudo, uma vez que ela esteja em pleno funcionamento, o efeito será o oposto.

Todos os setores poderão sentir uma fluidez maior, pois, como já deixamos claro, a gestão financeira tem impacto em todas as áreas da empresa. Além disso, essa gestão permite eliminar o desnecessário, colocar cada “coisa” em seu lugar e fazer com que, dessa maneira, a empresa tenha um funcionamento mais enxuto.

Conclusão

Como você pôde acompanhar, a gestão financeira de uma empresa envolve muitos dados, ferramentas, estratégias e ações que não podem ser negligenciados. É por falta de tempo, conhecimento, preparo, recursos humanos e outras questões que os erros que listamos e muitos outros são cometidos.

É verdade que errar faz parte de tudo o que fazemos na vida, mas em um empreendimento existem certos erros que não são tão simples de corrigir e que jamais devem ser ignorados. Isso porque as consequências podem ser fatais para o negócio. Portanto, o ideal é sempre evitá-los e, quando identificá-los, buscar corrigi-los imediatamente.

Sendo assim, não é nenhum absurdo que você tenha se identificado com um ou mais erros dentre os listados. O importante é começar a se movimentar agora para saná-los. Dentre as ações a serem tomadas nesse sentido, podemos afirmar que a mais estável e permanente em resultados é a qualificação do gestor.

O conhecimento profissional, apurado e com competência para aplicação por parte do gestor, irá garantir que a gestão financeira seja sempre realizada conforme todos os procedimentos que asseguram sua eficiência. Nesse caso, mesmo quando houverem equívocos ou problemas, eles poderão ser solucionados com mais agilidade e assertividade.

Portanto, não se limite a resolver os equívocos na sua gestão financeira de maneira imediata. Invista em uma boa formação que te permita lidar permanentemente e cotidianamente com essa área, inclusive, não apenas para resolver problemas, mas para promover decisões e ações que tragam sucesso para o seu negócio.

Se quiser uma ajuda de confiança com isso: conheça o IDEBRASIL!

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