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Você está preparado para a “Economia de Baixo Contato”?

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Esta é a tradução para o que estão chamando de “Low Touch Economy”, uma nova economia para um mundo em pandemia.

Antes de falar especificamente sobre o assunto, farei um parêntese para chamar atenção de dois tipos de pessoas que se comportam de forma bem diferente e estes comportamentos ficam mais evidentes em momentos como o que estamos vivendo.

Pessoas que focam no PROBLEMA e pessoas que focam na SOLUÇÃO.

Aquelas que focam no problema, têm mais dificuldade de aceitar a situação, aceitar mudanças e consequentemente, sairão mais machucadas quando tudo isso passar. São pessoas que, quando os resultados não vão bem, começam a buscar culpados e não conseguem focar na solução.

Aquelas que focam na solução, têm mais facilidade em aceitar a situação, aceitam mudanças e consequentemente sairão menos machucadas. São pessoas que, quando os resultados não vão bem, começam a buscar soluções, e não se interessam em achar culpado.

Se você quiser sobreviver a era da “Economia de Baixo Contato” precisará imediatamente ser uma pessoa com FOCO NA SOLUÇÃO, sua empresa, INDEPENDENTE do ramo de atividade, terá que se reinventar, caso contrário as coisas ficarão ainda mais difíceis e você deixará de ser empreendedor, seu negócio não sobreviverá.

Agora, muitos de vocês podem estar me questionando, “mas como me reinventar, meu negócio não aceita mudanças, sou dentista, faço canal e coloco aparelho, impossível diminuir o contato com as pessoas”.

Se eu tivesse a resposta para as mudanças de todos os setores, estaria em pouco tempo na capa da Forbes como um novo bilionário.

Não temos todas as soluções e é provável que nunca tenhamos, mas uma coisa é certa: várias mudanças estão acontecendo e muitas vieram para ficar.

Brazil Journal – 13/05/20 – 19:21

*“XP adota “home office” até o fim do ano — e pode tornar permanente…”*

https://braziljournal.com/xp-adota-home-office-ate-o-fim-do-ano-e-pode-tornar-permanente

A reportagem, chama a atenção do mercado imobiliário comercial que pode sofrer muito com o êxodo de grandes escritórios para o modelo “home office”. Porém, os impactos vão além do mercado imobiliário. As reuniões passam a ser virtuais, fazendo com que a procura por viagens a negócio diminua drasticamente, impactando todo o setor, desde lojas em aeroportos, companhias aéreas, transportes por aplicativos, hotéis, bares, restaurantes, etc. Por outro lado, os custos das empresas tendem a diminuir, reduzindo o preço final dos produtos e serviços, beneficiando os consumidores.

Poucas pessoas possuem uma estrutura para “home office” que funcione, lhes falta desde uma boa conexão com a internet quanto um sistema de TI que contemple a segurança dos dados da empresa. Havendo esta migração para o “home office”, as empresas precisarão investir em infraestrutura, e como a experiência ainda é nova, outras demandas surgirão, trazendo ainda mais oportunidades para o mercado.

O entretenimento musical está sofrendo uma reviravolta. Com o surgimento das LIVES, artistas perceberam que conseguem levar sua música para um público 10, 20, 30… 100 vezes maior a um custo infinitamente menor, e o melhor, de graça. Imediatamente as grandes empresas patrocinadoras, viram a oportunidade de levarem sua marca para este público, gerando a viabilidade do negócio. Tudo isso aconteceu nos últimos 60 dias. Será que conseguimos imaginar, o que ainda está por vir?

Agora, veja o exemplo da https://www.craftydelivers.com/, uma empresa de Chicago, que fornece alimentos e bebidas no local de trabalho. Ela conseguiu sair na frente e adaptou seu “mix” para atender a demanda do “home office”, lançou novos produtos como “kits” para “house party”, atendendo também este novo modelo de entretenimento musical.

Isso é foco na solução!!!!!

O turismo é um dos setores mais atingidos pela pandemia, como viajar, se as pessoas não podem sair de casa? Eis que surge a https://homesuitehome.co/ empresa sediada em Amsterdã que leva o hotel até a sua casa. Eles proporcionam uma experiência completa “on-line” e “off-line”. Fizeram parcerias com empresários, restaurantes e artistas locais para criarem uma experiência que o cliente nunca esquecerá, desde um “check-in” virtual, evento de boas-vindas, entretenimento, “on-line” ao vivo, até mesmo um concierge, tudo isso no conforto de sua casa. Estes são alguns exemplos do FOCO NA SOLUÇÃO.

No livro a Arte da Guerra, Sun Tzu, diz que (i) “Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas”, (ii) se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha, sofrerá também uma derrota, (iii) se você não conhece nem o inimigo e nem a si mesmo, perderá todas as batalhas.

Definitivamente não estamos na primeira opção, cabe agora cada um fazer a sua reflexão e ver se encaixa na segunda ou terceira.

Trabalho com treinamento de gestão para empresários de pequenas e médias empresas há 18 anos, é notório que a maioria destes empreendedores não conhecem o seu potencial, o potencial de aprender, se adaptar e gerar resultados.

Aqueles que acreditam em seu potencial, não têm medo do novo, não têm medo de aprender, não têm medo de arriscar e geralmente são as pessoas de SUCESSO.

Ontem recebi um texto que narrava a história de um empresário que quebrou na pandemia, devido ao isolamento social, ficou proibido de abrir as portas de seu negócio e seu produto não era adaptável ao e-commerce ou outra forma de venda, que não fosse a tradicional. Estou até agora tentando achar um produto que o seu processo de venda não seja adaptável ao isolamento. Este, com certeza era um empresário que focava mais no problema do que na solução.

A “Economia de Baixo Contato” veio para ficar. Vai te exigir muita criatividade, muita determinação e principalmente um poder de adaptação imensurável. Ou você acredita no seu potencial e começa a se movimentar para o novo modelo, ou você vai desaparecer.

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